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1/17/2013

Os 3 filtros de Sócrates

(primeira versão)

Na Grécia antiga, Sócrates era um mestre reconhecido por sua sabedoria. Certo dia, o grande filósofo encontrou-se com um conhecido que lhe disse:

- Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos?

Espera um minuto, replicou Sócrates. Antes que me digas qualquer coisa, quero que passes por um pequeno exame. Eu chamo-o de exame do triplo filtro.

- Triplo filtro? - Perguntou o outro.

- Sim, continuou Sócrates. Antes de me contares o quer que seja sobre meu aluno, é bom pensar um pouco e filtrar. O primeiro filtro é o da Verdade. Estás completamente seguro de que o que me vais dizer é verdade?

- Bem... Acabo de saber...

- Então, sem saber se é verdade, ainda assim queres me contar? Vamos ao segundo filtro, que é o da Bondade.
- É algo de bom sobre meu aluno?

- Não, pelo contrário.

- Então, interrompeu Sócrates, queres me contar algo de ruim sobre ele, que não sabes se é verdade! Ora vejamos! Ainda podes passar no teste, pois ainda resta o terceiro filtro, que é o da Utilidade.
- O que queres me contar vai ser útil para mim?

- Acho que não muito.

- Portanto, concluiu Sócrates, se o que desejas me dizer pode não ser verdade, não ser bom e pode não ser útil, então porquê contar, porque irei eu querer saber?


(segunda versão)

As três peneiras

Olavo foi transferido de projecto. Logo no primeiro dia, para fazer amigo/amigo com o chefe, saiu-se com esta:

- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...

Nem chegou a terminar a frase, o chefe perguntou:

- Espera um pouco, Olavo. O que vais contar-me já passou pelo crivo das três peneiras?

- Peneiras? Que peneiras, chefe?

- A primeira, Olavo, é a da VERDADE. Tens a certeza de que esse facto é absolutamente verdadeiro?

- Não. Não tenho não. Como posso saber? O que sei, foi o que me contaram.

- Então a sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que vais contar-me, gostarias que os outros também o dissessem a seu respeito?

- Claro que não! Nem pensar, Chefe.

- Então, a tua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira que é a UTILIDADE. Achas mesmo necessário contar-me esse facto ou espalhar a informação?

- Não chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que iria contar - fala Olavo, surpreendido.

- Pois é Olavo. Já pensas-te como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? - Diz o chefe sorrindo, e continuou: - Da próxima vez em que surgir um boato por ai, submeta-o ao crivo dessas três peneiras: VERDADE, BONDADE, UTILIDADE, antes de obedeceres ao impulso de o espalhar.

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